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Questões sobre dualismo de Descartes
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A noção de dualismo mente-corpo de Descartes enfrenta um desafio com relação à interação entre a mente e o corpo. Como ele tentou resolver este problema?
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Ele sugeriu que a interação ocorre através da glândula pineal.Essa alternativa está correta. Descartes acreditava que a mente (ou alma) e o corpo são duas substâncias distintas - uma é imaterial e a outra é material. No entanto, ele propôs que elas interagem entre si. Para explicar como isso poderia ocorrer, Descartes sugeriu que a glândula pineal, uma pequena estrutura no cérebro, seria o ponto de interação entre a mente e o corpo. Ele escolheu a glândula pineal porque é uma estrutura única no cérebro, ao contrário da maioria das outras que existem em pares, e por isso ele acreditava que poderia servir como o local de interseção das duas substâncias. Apesar de ser uma proposta interessante, a ideia de Descartes enfrentou críticas, pois não explicava satisfatoriamente como duas substâncias tão diferentes poderiam interagir.
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Ele propôs que a interação é puramente psicológica, não física.Essa alternativa está incorreta. Descartes não propôs que a interação entre a mente e o corpo é puramente psicológica e não física. Na verdade, ele acreditava que, apesar de a mente ser imaterial, ela pode influenciar o corpo físico e vice-versa. Esse é justamente o problema principal do dualismo cartesiano: explicar como duas substâncias tão diferentes podem interagir. Ele tentou abordá-lo sugerindo a glândula pineal como o local de interação.
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Ele sugeriu que a mente e o corpo são a mesma substância.Essa alternativa está incorreta. Descartes não sugeriu que a mente e o corpo são a mesma substância. Pelo contrário, ele é famoso por sua tese dualista, que postula que a mente (ou alma) e o corpo são substâncias distintas com propriedades diferentes: a mente é imaterial e pensante, enquanto o corpo é material e extenso.
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Ele negou a existência da mente.Essa alternativa está incorreta. Descartes nunca negou a existência da mente. Pelo contrário, ele é bem conhecido por sua afirmação "Penso, logo existo", que coloca a existência da mente ou do pensamento como certa e fundamental. Ele defendia que a mente era uma substância distinta com existência própria, separada do corpo físico.
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Ele afirmou que a mente e o corpo não interagem.Essa alternativa está incorreta. Descartes não afirmou que a mente e o corpo não interagem. Na verdade, um dos pontos centrais do dualismo cartesiano é que, apesar de serem substâncias diferentes, há uma interação entre a mente e o corpo. Ele tentou resolver o problema da interação ao sugerir que a glândula pineal seria o ponto de contato entre as duas.
De acordo com o filósofo,
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o corpo é capaz de existir mesmo com a morte da mente, como ocorre em casos nos quais as pessoas ficam em coma pelo resto de suas vidas.Esta alternativa não está correta no contexto da filosofia de Descartes, já que ele não relaciona a mente apenas a estados de consciência ou funcionalidade cognitiva, mas a uma substância pensante e imaterial que transcende as condições físicas do corpo. Embora a função do corpo sem a mente em coma seja uma observação biológica possível, isso não reflete a visão cartesiana do dualismo.
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a existência do corpo é mais certa do que a existência da mente, já que o corpo pode ser observado enquanto que podemos apenas supor com base em certos indícios a existência da mente.Essa alternativa está incorreta. Na filosofia de Descartes, o conceito de "Cogito, ergo sum" ("Penso, logo existo") indica que a existência da mente é a primeira e mais certa de todas as verdades. Para Descartes, a mente é algo que pensa e, através da dúvida metódica, ele conclui que a única certeza inicial é a existência do próprio pensamento, ou seja, da mente, diferentemente do corpo, que pode ser posto em dúvida, já que seus sentidos podem enganar.
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mente e corpo são duas substâncias diferentes, mas interdependentes, já que uma não funciona ou existe sem a outra.Esta alternativa não está correta. Segundo Descartes, a mente e o corpo são substâncias distintas e independentes. O dualismo cartesiano afirma que a mente (ou a alma) é uma substância pensante, que não está subordinada às propriedades físicas, como o corpo. Apesar de haver uma interação entre elas, como ele sugere na sua teoria da glândula pineal, a independência de existência é uma característica do dualismo cartesiano.
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a mente é capaz de existir mesmo depois da morte do corpo, caso em que o corpo morre e amente sobrevive.Esta alternativa está correta. Descartes, em sua concepção dualista, defende a ideia de que a mente e o corpo são substâncias distintas. Segundo ele, a mente, ou a alma, é imaterial e pode continuar a existir após a morte do corpo físico. Essa é a base do dualismo mente-corpo de Descartes, onde a mente tem uma existência não dependente das condições materiais do corpo.
"Rogo que me diga como a alma do homem (que não passa de uma substância pensante) pode determinar que os espíritos do corpo produzam ações voluntárias. Porque parece que cada determinação de movimento acontece a partir de um impulso da coisa movida, de acordo com a maneira pela qual ela é empurrada por aquilo que a move, ou então, depende da qualificação e da forma das superfícies do último. O contato é necessário para as duas primeiras condições, e a extensão para a terceira. Você exclui totalmente a extensão da sua noção de alma, e o contato parece-me incompatível com uma coisa imaterial. E por isso que peço a você uma definição de alma mais particular do que em sua Metafísica — isto é, uma definição da substância separada de sua ação, o pensamento."
De acordo com esse trecho da carta, podemos concluir que Elisabeth estava:
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Rejeitando a ideia de que a mente é uma substância pensante.Elisabeth não rejeita a noção de que a mente seja uma substância pensante; ela parece aceitar essa parte da definição de Descartes. O que ela está fazendo é levantar uma dúvida sobre como tal substância pode interagir com a substância física do corpo, dado que é definida como desprovida de extensão e contato. Portanto, a alternativa que aponta para uma rejeição da ideia da mente como substância pensante está incorreta.
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Totalmente de acordo com o dualismo substancial de Descartes.Elisabeth da Bohemia, na carta mencionada, não está expressando total concordância com o dualismo substancial de Descartes. Pelo contrário, ela está levantando uma dúvida crucial sobre um dos aspectos centrais desse dualismo: a interação entre substâncias. Ela questiona como algo imaterial como a alma, definida por Descartes como apenas pensante e sem extensão, pode interagir e provocar movimentos em algo material, como o corpo humano. Se estivesse totalmente de acordo, a questão levantada por ela não faria sentido, pois aceitaria sem dúvida essa interação. Portanto, essa alternativa está incorreta.
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Questionando a possibilidade de interação entre uma substância imaterial e uma substância material.Aqui, temos uma alternativa correta. No trecho da carta, Elisabeth evidencia seu ceticismo quanto à interação entre a alma (ou mente), que, segundo Descartes, é uma substância pensante e imaterial, e o corpo, que é material. Sua preocupação gira em torno de como uma coisa imaterial poderia influenciar algo material, já que, segundo ela, isso exigiria contato ou extensão, características que Descartes nega à alma. Assim, sua dúvida diretamente levanta a questão da interação entre duas substâncias distintas, um ponto problemático no dualismo cartesiano.
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Propondo uma alternativa ao dualismo, onde mente e corpo seriam a mesma substância.Elisabeth não está propondo uma alternativa monista onde mente e corpo sejam a mesma substância. O foco de sua carta é questionar a viabilidade da interação entre duas substâncias distintas, não propor uma solução alternativa ou sugerir que mente e corpo sejam idênticos. Portanto, essa leitura está incorreta. Ela está pedindo por uma explicação ou definição que esclareça o dualismo de modo que a interação pareça possível, mas não apresenta nesse trecho qualquer sugestão de que a mente e o corpo seriam a mesma substância.
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Ignorando o papel de Deus na interação entre mente e corpo proposta por Descartes.Na verdade, a carta de Elisabeth não menciona, de forma direta, questões relacionadas ao papel de Deus na interação entre mente e corpo. Ela está mais focada nos aspectos físicos e teóricos da interação entre substâncias material e imaterial que propriamente na intervenção ou no papel que Deus possa desempenhar. Assim, esta alternativa não abrange o ponto central da questão levantada por Elisabeth, tornando-a incorreta.
Descartes se opunha ao fisicalismo, uma teoria filosófica que defende que a mente é física como o corpo. Por que ele rejeitou essa teoria?
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Porque o fisicalismo nega a existência de Deus.Essa opção está incorreta. Enquanto Descartes era um defensor de argumentos que poderiam levar à crença em Deus, sua oposição ao fisicalismo estava fundamentada na distinção entre mente e corpo, e não em questões relacionadas à existência de Deus. A teoria do dualismo de Descartes não focaliza diretamente sobre crenças religiosas ou da existência divina.
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Porque a mente, ao contrário do corpo, não está sujeita às leis da física.Uma das principais razões pelas quais Descartes rejeitou a ideia de que a mente é como o corpo é que ele via a mente como algo que não é governado pelas mesmas leis da física que governam o corpo, mas isso se relaciona muito mais com a diferença na natureza das substâncias do que com uma separação completa das leis físicas.
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Porque, segundo ele, a mente e o corpo possuem propriedades distintas, tornando-os tipos diferentes de realidades.Essa alternativa está correta. Descartes argumentou que a mente e o corpo têm propriedades completamente diferentes e, portanto, são substâncias diferentes. A mente é uma substância pensante, não extensa, enquanto o corpo é uma substância extensa e não pensante. Essa distinção é fundamental na filosofia de Descartes, que acreditava no dualismo, a ideia de que mente e corpo são dois tipos distintos de realidade.
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Porque ele acreditava que a mente e o corpo não interagem.Descartes não acreditava que a mente e o corpo não interagiam; na verdade, ele postulou que eles interagiam através da glândula pineal. Ele foi um dos primeiros a propor um mecanismo pelo qual a mente poderia influenciar o corpo e vice-versa.
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Porque a mente não pode ser fisicamente localizada.Descartes acreditava que a mente não ocupava espaço físico da mesma forma que o corpo, mas essa não era a principal razão pela qual ele rejeitava o fisicalismo. A ideia dele era mais sobre a natureza da consciência e das experiências mentais, que ele via como fundamentalmente diferentes das qualidades físicas.
A proposição "Cogito, ergo sum" (Penso, logo existo) é central para a filosofia de Descartes. Qual é a principal importância desta declaração para o dualismo de Descartes?
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Estabelece a premissa para a conclusão de que mente e corpo têm naturezas distintas.Esta alternativa está correta. Descartes utiliza a frase 'Cogito, ergo sum' como um ponto de partida para demonstrar que a mente, que é a fonte do pensamento, tem uma natureza distinta do corpo, que é extenso e sujeito às leis físicas. Essa diferença de natureza entre a mente e o corpo é a base do dualismo cartesiano, onde mente e corpo são considerados substâncias separadas e distintas.
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Sugere que apenas as coisas que podem pensar realmente existem.Esta alternativa é incorreta. A afirmação 'Cogito, ergo sum' serve principalmente para estabelecer uma certeza indubitável: a existência do sujeito que pensa. Nem tudo que pensa existe, mas sim demonstra que, pelo fato de alguém estar pensando, sua existência é confirmada. Não é uma questão de exclusão de outras formas de existência.
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Prova que o corpo pode existir independentemente da mente.Esta alternativa é incorreta. A ideia de que o corpo pode existir independentemente da mente não é suportada por 'Cogito, ergo sum'. Na verdade, Descartes está mais focado em estabelecer a certeza da existência da mente com base na capacidade de pensamento e não faz, através deste argumento, afirmações sobre a independência do corpo.
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Prova que a mente pode existir independentemente do corpo.Esta alternativa não está correta no sentido pleno da questão. Embora a frase 'Cogito, ergo sum' mostre que a mente é clara e distintamente percebida, e, por isso, pode ser considerada existente com mais certeza do que o corpo, ela não prova que a mente pode existir independentemente do corpo. Esta prova viria de argumentos posteriores, mas não do simples reconhecimento do cogito.
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